Muitas pessoas atribuem o sucesso à sorte.
No entanto, por experiência própria, sei bem que a sorte dá muito trabalho. Ela não acontece por acaso tal como explicou, brilhantemente, Nuno Fontes, no seu livro de excelência “A Sorte não Acontece por Acaso”.
Eu, em particular, prefiro aquelas pessoas que conseguem provocar a sorte. Tanto a provocam que ela acaba por acontecer.
Foi o que sucedeu com dois amigos meus, o Inácio Lopes e o Jaime Simão, que são ambos sócios de um grupo de Restauração na cidade do Porto, chamado “Grupo Antas”.
Há cerca de 25 anos atrás, o Inácio e o Simão, quando ainda eram funcionários da Churrasqueira das Antas decidiram sair à noite para comemorar o aniversário do Simão.
No regresso a casa tiveram um violento acidente de carro, tendo ficado o Simão preso no seu interior, imobilizado pelo cinto de segurança .
O Inácio que já tinha conseguido sair do carro, viu o amigo em apuros e sem hesitar, de imediato, retirou-o do seu interior, salvando-o, antes mesmo que o carro explodisse.
O que mais me impressionou nesta história verídica foi que, após tamanho susto, no dia a seguir, à hora habitual, ambos se apresentaram ao serviço na Churrasqueira das Antas, como se nada daquilo tivesse acontecido.
Notem bem, nenhum deles, à data, era dono do negócio ou desempenhava qualquer cargo de chefia.
Quando ouvi esta história pela primeira vez, pensei: “… quem me dera ter o Simão e o Inácio como meus sócios …”.
Por ironia do destino ou “sorte” uns anos mais tarde os dois tornaram-se meus sócios ou melhor eu é que me tornei sócio deles.